Filosofias de Bar
sábado, 29 de julho de 2017
Tempos modernos
Quando se trata de relacionamentos, vemos um regresso considerável. Talvez seja reflexo do excesso de informação, do excesso de cuidado por parte dos pais...não sei.
Sei que cada vez mais vejo pessoas frias, desinteressadas, distantes, indispostas e indisponíveis.
Todo mundo se tornou descartável. Todo mundo se tornou casual.
Hoje a graça não consiste mais em encontrar alguém legal, conversar, conhecer, sair, beijar e ter um relacionamento afetivo.
Hoje tudo parece se resumir em anonimato, superficialidade e relações supérfluas.
Se você saiu prum bar recentemente, conheceu alguém e trocou fluidos, provavelmente não se lembra do nome da pessoa.
Isso é frustrante e cansativo.
Acredito que estou velho demais pra esse tipo de relacionamento.
sábado, 1 de julho de 2017
Incoerências sentimentais
Ah! Duas pessoas.
Um encontro ao acaso.
Do nada um estranho ganha espaço na sua mente.
A vontade de ver a pessoa cresce, fica intensa.
Se pega sorrindo em pensar neste ser que a pouco não existia pra você.
Fica nervoso quando marca um encontro. O estômago vira. O coração dispara. A mão sua.
Fantasia sobre um beijo. Seria a melhor coisa.
Logo não faz sentido um dia sem falar com este alienígena que invadiu seu mundo e derrubou suas armaduras...depôs suas armas.
E você se sente bem. Completo.
Meses, anos se passam.
Algo acontece.
Onde está aquela adrenalina ao receber uma mensagem?
Tudo vai se apagando.
O que era quase necessidade de estar perto vai se transmutando... se torna em rotina. Chega a atrapalhar.
O que houve? Como podia amar tanto alguém e de repente toda a magia acabar? Todo o fogo se apagar?
Você se sente mal.
Brigas. Desgaste. Desgosto.
O que era seu porto seguro se torna águas turbulentas.
O que era paz se torna tormento.
Onde erramos? Qual foi o ponto de viragem? Onde meu GPS se perdeu da rota?
A pessoa, não mais que de repente se afasta.
Leva um pedaço de você.
O sorriso ao pensar na pessoa se transforma em lágrimas.
São lágrimas de saudade? De dor?
Aquela satisfação da alma se transformou em um pequeno buraco difícil de preencher.
Sonhos confusos. Gritos reprimidos.
Vocês já não se vêem mais.
Será que abro a porta pra outro ser se aproximar?
Você sente que deve. Mas no fundo não sabe se quer.
Se pega ouvindo músicas tristes.
Seus dias perdem o brilho.
O calor do sol que aquecia suas almas de mãos dadas no parque agora atrapalha.
o brilho da lua que embalava seus beijos hoje cega.
Onde errei? O que eu fiz?
E não tem mais ninguém ao seu lado.
Passa a se esconder em relacionamentos vazios embebidos em álcool.
Você tem medo de se abrir.
Você tem medo de se envolver.
Algo tão lindo te machucou tanto...
O que era certo agora são dúvidas.
E a pessoa que você via todos os dias, que você sabia cada detalhe acabou se tornando um estranho.
Onde está? O que faz? O que será que ela gosta hoje?
Quais seus novos hobbies? O que está ouvindo?
E para de se questionar.
Para de sentir falta?
Esquece o número de celular que por tanto tempo foi o número 1 da sua discagem rápida.
Os posts de amor nas redes sociais... devo apagar? E as fotos?
E assim tudo mudou. Sobrou saudade. Magoa. Dor. Vazio.
E você logo estará pronto para outra. Mesmo que saiba que este buraquinho na alma nunca será preenchido novamente.